Coordenadora do Projeto TerraMar do MMA elogia “Pescando Resíduos” por aliar conservação e inclusão

O programa “Pescando Resíduos”, desenvolvido pela BVRio em parceria com comunidades de pescadores artesanais na Baía de Guanabara, recebeu na semana passada uma visita técnica de Larissa Godoy, coordenadora nacional do Projeto TerraMar, uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA).

O Projeto TerraMar, coordenado pelo Departamento de Oceano e Gestão Costeira do MMA, em parceria com a GIZ (agência de cooperação alemã), tem como objetivo estabelecer a gestão integrada dos ecossistemas costeiros e marinhos para melhorar a conservação da biodiversidade, enfrentar as mudanças climáticas e promover uma economia azul sustentável.​ A visita ao projeto da BVRio evidenciou possíveis sinergias com ações que aliem conservação ambiental e inclusão social.

 

Larissa foi recebida pelo Diretor da BVRio, Pedro Moura Costa, e eles acompanharam as atividades de coleta de resíduos numa área de mangue. Durante a visita, ela ressaltou o papel essencial dessas comunidades na construção de soluções eficazes para o enfrentamento da poluição por plástico e da recuperação dos manguezais:

“Ações e projetos como o ‘Pescando Resíduos’ mostram a importância do envolvimento dos pescadores no enfrentamento da tragédia que é a poluição causada pelo plástico nosecossistemas costeiro e no oceano, onde infelizmente esses resíduos acabam chegando e se acumulando de uma forma ou de outra. Os pescadores, além de diretamente impactados, são parte essencial na busca por soluções que envolvam a prevenção, redução e eliminação dos resíduos plásticos no mar e na zona costeira.”

Desde 2021, o programa envolve pescadores na remoção de resíduos sólidos dos ambientes marinho e costeiro, ao mesmo tempo em que contribui para a geração de renda e o fortalecimento dos modos de vida tradicionais dessas comunidades mais vulneráveis.

Larissa também destacou os impactos causados por equipamentos de pesca abandonados e a necessidade de fortalecer a participação local em estratégias de longo prazo. “Petrechos de pesca perdidos, abandonados ou descartados geram impactos ambientais e econômicos, como a pesca fantasma, perda de habitats e são fontes de microplástico”, disse.

Ao conectar iniciativas locais a políticas públicas mais amplas, o programa “Pescando Resíduos” contribuem para a construção de soluções estruturantes para os desafios socioambientais das regiões costeiras brasileiras.