BVRio apresenta plano de ação para circularidade do plástico no Brasil

Na semana passada, Pedro Succar, especialista em economia circular da BVRio, apresentou os resultados de um estudo de mercado realizado pela BVRio no ano passado, sobre a circularidade do plástico no Brasil, no evento de abertura do Programa Plástico Circular nas Américas (CPAP), no Rio de Janeiro. O Banco Mundial, através do IFC, financiou o estudo no contexto de um consórcio internacional sob a liderança conjunta da Fundación Chile (FCh) e do Waste and Resource Action Programme (WRAP).

Pedro apresentou um plano de ação com intervenções chave nos setores privado e público para acelerar uma economia circular no país. O plano foi elaborado com o objetivo de gerar valorização da cadeia produtiva do plástico, desde a produção até o descarte, de modo a criar as condições necessárias para estabelecer a circularidade dos plásticos e gerar um impacto econômico, social e ambiental positivo.

O estudo de mercado se baseou na análise de dados de diversas associações e organizações da cadeia de plástico no Brasil, correlacionando dados governamentais, de produção de resinas plásticas, da indústria da transformação, associação dos produtores e gravimetria de resíduos descartados nos aterros, além de entrevistas com especialistas do setor. “Um dos maiores desafios foi analisar dados das várias organizações, pois são incompletos, inconsistentes entre si ou focados em um nicho da cadeia de valor do plástico específico, sendo difícil obter uma visão ampla e sistêmica do setor”, explicou ele.

O foco do estudo foi nas embalagens, que representam quase a metade do plástico utilizado no Brasil, um grande problema devido ao volume expressivo de resíduos com um ciclo de vida curto. Outro agravante, sobretudo pela falta de dados, é a quantidade de embalagens de produtos importados que equivalem ao dobro das embalagens produzidas no país. “Não há controle da quantidade de plástico que é importado e nem os tipos de materiais que são usados para fabricá-los, além de ser muito difícil regular ou incentivar a circularidade dessas embalagens importadas”, afirmou Pedro.

Assista ao evento na íntegra:

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