Iniciativa IFACC (Inovação Financeira para a Amazônia, Cerrado e Chaco) é anunciada na COP 26

O Responsible Commodities Facility (RCF) é uma das iniciativas entre as instituições financeiras e empresas do agronegócio que se comprometeram a investir US$ 3 bilhões para a produção de soja e gado livre de desmatamento na América do Sul.

A empresa do grupo BVRio, Sustainable Investment Management (SIM), traz um novo mecanismo financeiro através do “Responsabile Commodities Facility” (RCF) para a execução do compromisso histórico feito na COP26 de investir US$ 3 bilhões para a produção de soja e gado livre de desmatamento e conversão de habitats naturais na América do Sul. Com isso, a SIM é uma das primeiras signatárias da iniciativa Inovação Financeira para a Amazônia, Cerrado e Chaco (IFACC). 

A meta da iniciativa é atingir US$ 10 bilhões em compromissos e US$ 1 bilhão em desembolsos, até 2025. As empresas – &Green Fund, AGRI3, DuAgro, Grupo Gaia, JGP Asset Management, Syngenta, Sustainable Investment Management e VERT – anunciaram seus compromissos financeiros e assinaram da Declaração da IFACC, na Cúpula dos Líderes Mundiais na COP26, como parte de seus planos para mudar a produção de commodities na região para um modelo mais sustentável. O evento também contou com a participação de um grande número de líderes governamentais e empresariais, incluindo o Príncipe Charles, Boris Johnson, Joe Biden e Jeff Bezos.

 

                                                                                               

 

As produções de gado e soja estão entre os maiores indutores do desmatamento e da conversão da vegetação natural nesses valiosos ecossistemas. Portanto, a expansão de investimentos em modelos de produção “livres de desmatamento” é crucial. 

Portanto, a expansão de investimentos em modelos de produção livres de desmatamento é crucial. Essa iniciativa complementa outros esforços como compromissos feitos pelas próprias cadeias de valor, sistemas de rastreabilidade, reforma de políticas de uso da terra e comercialização e abordagens jurisdicionais. Os compromissos feitos por essas entidades privadas irão acelerar o fluxo de capital para os agricultores, viabilizando a transição para modelos de negócios mais sustentáveis, incluindo a expansão da produção em pastagens degradadas e aumento da produtividade – por exemplo, por meio da intensificação sustentável da pecuária.

A Amazônia, o Chaco e o Cerrado enfrentam um risco significativo de conversão, com a demanda global pela agricultura crescendo a uma taxa expressiva – mais do que o dobro da taxa de aumento da população humana. Ao mesmo tempo, a crescente demanda internacional por produtos livres do desmatamento, as mudanças regulatórias nos países consumidores e as expectativas dos investidores também estão evidenciando a necessidade de uma grande transição nos sistemas de produção de alimentos. Novos modelos de colaboração em finanças, como a IFACC, podem ajudar a acelerar a mudança necessária para atender a essas tendências emergentes.

Pedro Moura Costa, CEO, Sustainable Investment Management (SIM), disse: “Por meio do uso de abordagens financeiras inovadoras, o Sustainable Investment Management (SIM) visa fornecer incentivos financeiros aos agricultores comprometidos em conter o desmatamento associado à expansão do cultivo de soja, no Cerrado brasileiro. O “Responsible Commodities Facility” (RCF) criará uma série de fundos de dívida, capitalizados por meio da emissão de títulos verdes, para direcionar o financiamento para práticas agrícolas sustentáveis na região, contribuindo para os objetivos do IFACC.”

IFACC é uma iniciativa, lançada em Glasgow em novembro de 2021, da The Nature Conservancy (TNC), Tropical Forest Alliance (TFA) e do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP), que traz capacidades complementares para expandir os mecanismos financeiros, como produtos de financiamento agrícola, fundos de investimento agrícola, instrumentos de dívida corporativa e ofertas no mercado de capitais. Diversos mecanismos estão surgindo para fazer isso, mas o ritmo do progresso é muito lento. Estimamos uma necessidade de até US$ 30 bilhões para esses setores ao longo da década, que contrastam com as centenas de milhões disponíveis, hoje.

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Fonte: Divulgação IFACC e BVRio