Sobre o projeto

Desenvolvimento de uma ferramenta para a avaliação do risco de desmatamento e conversão de vegetação nativa no Cerrado brasileiro.

Setembro, 2022 Setembro, 2024

Financiamento

  • Waterloo Foundation

A nova ferramenta georreferenciada, gratuita e simples de usar, foi desenvolvida para atender aos complexos requisitos de due diligence da importação de soja do Brasil. A ferramente verifica áreas de cultivo de soja na região do Cerrado e avalia se a produção é responsável, ou seja, sem desmatamento ou conversão de vegetação nativa além de outros indicadores relacionados às regras do Código Florestal e outras verificações de conformidade. A plataforma pretende auxiliar na tomada de decisões relacionadas às cadeias de abastacimento de commodities agrícolas.

A quem se destina:

  • Produtores de soja que queiram demonstrar a seus compradores que não desmataram vegetação nativa após a data-limite de 31 de dezembro de 2020.
  • Compradores de soja que queiram identificar produtores que não desmataram vegetação nativa após a data-limite de 31 de dezembro de 2020.
  • Empresas de bens de consumo que queiram saber se a soja que estão usando, ou que foram incorporadas nos produtos que estão comprando, é livre de desmatamento e conversão (DCF).
  • Sociedade civil, autoridades governamentais e todos aqueles interessados em dados sobre o desmatamento e conversão em nível de imóvel rural no Cerrado brasileiro.

O projeto é financiado pela Waterloo Foundation.

Acesse a ferramenta

Impacto esperado

Fronteira agrícola no Brasil

O Brasil é o principal país produtor de soja no mundo, produzindo 133 milhões de toneladas de soja em 2020. Além disso, é o maior exportador do grão, tendo inserido no mercado internacional 99,5 milhões de toneladas em 2018, o que corresponde a cerca de 42% de todas as exportações globais de soja. Desde 2000, a área de cultivo no Brasil dobrou, cobrindo uma extensão de 34 milhões de hectares.

A preocupação com o desmatamento decorrente do cultivo de soja não é recente, e resultou na assinatura, em 2006, da Moratória da Soja, um pacto ambiental entre as entidades representativas dos produtores de soja no Brasil, organizações da sociedade civil e, mais tarde, do próprio governo, que passou a proibir a compra de soja proveniente de áreas recém desmatadas na Amazônia. Embora esse pacto tenha refletido numa significativa redução do desmatamento associado ao cultivo de soja na Amazônia, evidências apontam que ele acabou resultando no aumento do desmatamento no Cerrado. Na última década, entre 500 e 800 mil hectares foram desmatados anualmente para o plantio de soja na região de Matopiba, que inclui trechos de Cerrado nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. A contínua devastação de áreas florestais coloca em risco, inclusive, a produção rural e as comunidades tradicionais do Cerrado, pois reduz a precipitação e aumenta as temperaturas locais.

Compliance

Em 2023, um novo Regulamento de Desmatamento da UE entrou em vigor. A nova lei exige que as empresas realizem verificações de due diligence e não comercializem no mercado europeu commodities com risco de desmatamento, como soja, carne bovina e óleo de palma, caso tenham sido produzidas em terras sujeitas a desmatamento após 31 de dezembro de 2020.

Entre em contato com a Gerente do Projeto

GRACE BLACKHAM

Diretora de Uso do Solo e Operações (Reino Unido)

E-mail
Alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU